Impaciência, intolerância ou "I'm sick and tired"
Ando meio de pavio curto - deu para perceber pelo surto psicótico alguns posts atrás. Pensei em deletar, mas não vou fazer isso. Do contrário tudo perde sua função e precisarei surtar de novo.
Estou impaciente e intolerante com algumas coisas e algumas pessoas. O homem não é produto do meio? Nesses casos vamos apelar para a estética naturalista (aqui vale um muito obrigado para a Ana, professora de Literatura nos idos de 96).
Virar o Banco Imobiliário da casa é não-bom. Não que eu nade em dinheiro, mas considerando a falência que abateu os outros membros da família, até eu que sou uma repórter caçula virei tábua de salvação. Não que eu me incomode em ajudar, mas puxa vida, o dinheiro é meu, trabalhei para caralho para conseguir e quando sobra um pouco que seja eu não posso nem guardar? Nem aplicar em algo para o meu bem estar? Fico feliz em ajudar e deixar a senhora minha mãe menos tensa com as contas não pagas, mas até quando? Sabe? Vou ter que ajudar a sustentar uma casa que eu não pedi para ter? Não pedi para morar em Niterói, não pedi para morar em uma casa - pelo contrário, fui a única a desaprovar essas idéias bizarras.
Então tome-lhe dar mesada para a irmã mais nova que gasta o salário para pagar a faculdade, pagar curso de espanhol da irmã mais nova, emprestar dinheiro para pagar o salário da empregada. Uma pindaíba de fazer gosto.
E eu, que não tiro férias há quatro anos, vejo minha viagem cada vez mais longe.
Dá para entender? É um conflito interior. Não sou egoísta a ponto de querer guardar meu dinheiro quietinho no banco enquanto minha família passa perrengue. Mas essa situação me desestabiliza. Quero morar sozinha, ter minhas coisas, minha vida - me dei um prazo até maio, mês em que quero tirar férias, para resolver isso de uma vez. Desse jeito, não vou conseguir nunca. Porque me sinto na obrigação de ajudar. Não consigo pensar só em mim.
Isso tudo me estressa. Ando impaciente mesmo. Não consigo não explodir até com as coisas mais bobas. Acho que semana que vem vou pedir umas duas das minhas cinco folgas acumuladas. Talvez assim passe a ver as pessoas e o mundo com outros olhos.
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