Cuidado: Perigo
Estou má, cruel e escrevinhuda.
Nesses dias de vida além-Niterói, bizarro dizer, me senti viva novamente. Foi como se todo o desânimo que se apossa de mim normalmente tivesse se transformado em um completo estranho.
Eu me senti viva novamente saindo de um bar para outro, chegando na Casa da Matriz às 3h30 da manhã, saindo do Canecão e pegando um ônibus e chegando em uma reunião com amigos bêbados (e eu sóbria, porque beber no Canecão custa caro e beber do lado de fora seria impossível, dada a minha ansiedade para assistir o show desde o primeiro acorde) com cinco horas de atraso, comendo pizza vendo Peggy Sue na TV às 3h da manhã, tendo uma (duas, in fact) não-noite de sono fantástica.
Quero essa vida pra mim novamente. Quero me sentir com 22 anos, louca, acelerada, porque eu tenho 22 anos e não 30, porque nada me prende, porque eu sou livre e desimpedida e trabalho e ganho meu dinheiro e posso gastar R$ 50 bebendo Smirnoff Ice (vulgo Fruttare de limão derretido) até cansar, como já fiz quando não ganhava nem metade do que ganho hoje como salário (depois também posso me sentir culpada e fútil por isso, mas enfim...).
Quero viver como eu vivi na minha fase mais porra-louca, depois de um ano chorando por causa de um chute bem dado de um ex-namorado que na verdade nunca se configurou em um ex no real sentido da palavra, salvo em alguns oito meses em que realmente sosseguei (mas ha, porque estava namorando outro cara. Só por isso). Quero sair com meus amigos quase todas as noites, quero sentar no Plebeu com minhas amigas e encher a cara e ir para uma festa e dançar com meu amigo e achar graça das pessoas que acham que existe algo onde não existe (melhor pra mim, porque ele é bonitão mesmo).
Quero me sentir viva e com 22 anos. Todos os dias.
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