Não é de espantar que estejamos todos nessa tamanha confusão, é? Somos como Tom Hanks em Quero ser grande. Menininhos e menininhas aprisionados em corpos de adultos e obrigados a ir em frente. E na vida real é muito pior, porque não é só sarração e camas-beliche, é? Junto vem tudo isso.
Essa é uma das melhores partes, I guess.
Estava pensando nisso ainda a pouco: é muito difícil crescer. E é exatamente assim, como nesse trecho, que as coisas acontecem. Viramos todos uns exércitos de pessoas adultas mas que usam mochilinhas e blusas de criança, que se comportam como se tivessem 15 anos, que saem e enchem a cara e acham isso legal porque pelo menos por algumas horas não encaram suas vidas. Que dançam músicas velhas para fingir que o tempo não está passando.
Que jogam uns com os outros, que escondem o que sentem, que são orgulhosos como meninos de 5 anos quando não querem pedir desculpas, que tentam provar coisas para elas mesmas e que querem pensar a vida como se fosse um filme.
Estou cansada de ser criança brincando de ser gente grande. Ou de ser gente grande brincando de ser criança.
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