domingo, novembro 09, 2003

Sim, eu sou insegura
(Se você não sabia, bem, esse é um dos meus principais defeitos)

Tenho a incrível capacidade de fantasiar para o mal. É sério. Até dormindo. Estou sonhando com alguma coisa boa e de repente, ferrou, acontece alguma coisa ruim.
Na vida real também é assim. Tá, eu sei que isso me prejudica (muitíssimo) e até é uma forma de boicotar a mim mesma, mas acontece de vez em quando - bem menos do que antigamente, mas acontece.
Tudo isso para justificar a ansiedade em relação a semana que se anuncia - trabalho até a tampa, encontros (e desencontros. Thanks, Sofia Coppola) e tudo o mais.
Não gosto de criar expectativas em relação a absolutamente nada - profissional, social, pessoal - , mas isso não adianta às vezes.

Tá, eu confesso: estou ansiosa. Não ansiosa do tipo "ai, não vejo a hora disso". Ansiosa do tipo "caralho, o que vai acontecer agora comigo?".
O que mais falta me acontecer?
O que vai me acontecer?
Estarei viva amanhã? Depois de amanhã?
As músicas de Chico Buarque e Weezer terão o mesmo significado pra mim?
E, last but not least, the most important question of all:
meu celular tocará amanhã?

Outro defeito: eu sou um tanto dramática. Até fiz teatro, mas desisti. Deveria ter insistido.

E antes de voltar a trabalhar, mais um: não sei me controlar às vezes. Falo demais, escrevo demais. Penso demais nas coisas e nas pessoas. Mais do que eu acho que deveria. Por uma questão de segurança, sabe? Que nem no metrô, "mantenha distância da faixa amarela, ela é sua garantia de segurança?".
Então. Estou ultrapassando a faixa amarela de segurança.
Na pior das hipóteses, serei eletrocutada na linha do trem - que trágico.
Na melhor, bem, prefiro não especular sobre a melhor hipótese - tudo é relativo, não existe verdade absoluta, essa questão tem um milhão de respostas possíveis e blah blah blah filosófico-de-botequim-a-la-Wachovski.

Ok, vocês querem que eu admita em letras garrafais.
EU PASSO RECIBO DAS COISAS!

Pronto, disse.

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