Mas você me conhece, eu faço tudo errado, cantaria o Charlie Brown Jr
Uma vez, quando eu estava na oitava série e tinha caderno de perguntas, um amigo (que hoje é professor de ioga, bem sucedido e tudo o mais) escreveu uma frase que nunca esqueci.
Minto. Não foi no meu caderno. Foi em um jornalzinho que ele fez, sozinho - texto, diagramação, edição, um verdadeiro multimídia, olha só! - , na despedida da oitava série. Quase todos mudariam de colégio.
E aí o Humberto - esse é o nome dele - escreveu lá e disse que era um ditado iugoslavo. Vai saber se era iugoslavo, esloveno ou sei lá o quê.
"Faça o melhor, espere o pior, receba o que vier".
Muita gente diz que isso é o cúmulo do conformismo. Nada a ver. Isso é apenas um ótimo mecanismo de defesa. Não me decepciono com quase nada quando penso assim. Não espero demais das coisas. Foi assim quando vim para, ahn, a "seção" onde estou, quando fui contratada, quando... quando sei lá, quando coisas boas aconteceram comigo.
Se você não cria expectativas altas demais, você aprende a ficar feliz com cada coisa, por menor que seja.
Saca Pollyana? Eu sou meio Pollyana, às vezes até demais, admito. Mas brincar do Jogo do Contente é bom.
Não sei bem porque comecei a escrever tudo isso. Na verdade ando pouco engraçada ultimamente. Nem no ônibus consigo caçar histórias divertidas - resgatei o Discman, comprei CDs novos e aí ferrou. Não escuto mais nada das conversas alheias... Então acabo assim, meio introspectiva (acho que nunca usei esta palavra!).
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