sexta-feira, abril 11, 2003

O porquê das coisas ou "Coisas para as quais direciono minha raiva ou meu ódio"
É difícil não nutrir nenhum tipo de rancor por ex-pessoas. Não sei por que estou dizendo isso, mas por mais que eu seja civilizada, não consigo deixar de pensar que ele (quem quer que seja ele), criatura estúpida que me dispensou, não merece ser visto da mesma forma.
Geralmente isso acaba sendo bom. Pés-na-bunda *momentopolyanna* significam a chance de ver o indivíduo como ele realmente é. Digo isso do alto dos dois que tomei (um, O Maior do Século, e outro, A Pior Mancada Que Um Sujeito Poderia Dar do Século).
É difícil não ter raiva. Mas o mais engraçado é que não tenho raiva por ter sido despachada. Tenho raiva por que penso no indivíduo dali a uns tempos. Invariavelmente ele se dá conta da besteira que fez. Mas enquanto isso não acontece, fica ali, por perto, te rodeando, te prendendo, fazendo com que você tenha uma esperançazinha que seja, a qual ele nem mesmo cogita. O cara fica por perto, o cara literalmente não fode nem sai de cima. Não resolve a situação de vocês e nem te deixa livre para outras pessoas.
Ao contrário do que possa parecer, isso não é nenhum recado (in)direto. Tô pensando nisso há séculos.
A última (na verdade, penúltima - o pé-na-bunda mais recente tem apenas alguns meses) ex-pessoa foi assim. E quando o cara se dá conta da besteira que fez ao te dispensar (por que você, mulher cosmopolita, mal resolvida, linda-magra-e-gostosona, nunca merece ser despachada, por pior que tenha agido) e te procura, você pensa se realmente valeria a pena.
E toda a raiva/ódio das ex-pessoas acaba virando um pouco de pena, porque só você percebe a mancada que ele deu - e que talvez mais pra frente não consiga consertar.

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