Mais lembranças ou "Réquiem para meus dias de Laguinho"
Ir à faculdade defender minha monografia me fez lembrar dos quatro anos que passei ali dentro daquele prédio de corredores de azulejos azuis na parede que já foi de um hospício - sim, mais uma moça ecoína jogada no mundo.
Depois que saí da sala do Nepcom caiu a ficha: não pertenço mais àquele lugar.
Não.
Aqueles corredores por onde passei por quatro anos não são mais o meu lugar.
E isso é bom, porque no fundo todo mundo que entra ali vai na expectativa de sair. Mas por outro lado me deu uma tristeza profunda, como se eu ficasse meio homeless, sabe?
Naquele prédio eu conheci alguns dos meus grandes amigos -
ele,
ela sobretudo, os que nunca vão se livrar de mim, mas alguns outros também. Conheci o cara com que eu achei que teria uma casa na Urca, um labrador chamado Fidel, uma Anna Clara e uma Maria Beatriz, e depois achei que estava errada, e depois achei que estava certa, e depois achei que estava errada de novo (e essa é uma looonga história).
Conheci pessoas incríveis, pessoas que eu amo muitíssimo -
Márvio,
Mila, Thaís - , pessoas que me fizeram ver que eu era mais do que uma quase-cdf-tijucana.
Esses quatro anos de ECO vão me fazer falta. Posso passar por ali sempre, posso beber no Sujinho, posso beber no Mosca, posso ir a todas as festas a fantasia no Laguinho, mas meu tempo por lá acabou. E vou sentir falta disso tudo. De ser dali. Quer dizer, de estar ali. Porque ser dali eu continuarei sendo.
[ adding ] by the way, a defesa da monografia foi. Tomei até um tombo na rua em frente ao Off Price antes de chegar lá, de tão nervosa. Média 8,8. Resultado de um 9 e um 8,5. Confesso que fiquei decepcionada. Meu lado quase-cdf-tijucana se chateou, de verdade. Claro que não esperava um 10, mas queria um 9 redondinho.