Já posso economizar o do analista
Meu problema é rejeição. Odeio ser rejeitada. Odeio ser preterida. Odeio que me digam não. Não sei lidar com isso. Isso me desconcerta. Porque no fundo eu sei que sofro não por realmente sentir tristeza pela negativa, e sim pelo desejo de que o outro admita seu erro. Isso normalmente vira uma idéia fixa. Um joguinho pessoal em que eu sempre ganho. Ou ganhava, até agora.
Fui muito mimada na infância, cheguei a essa conclusão. Nunca levei uma surra, meus pais nunca me bateram e eu nunca passei necessidade. E fui criada com avó. Não tem jeito: criança criada pela mãe e pela avó é criança mimada. A spoiled child.
Não sei ouvir um não como resposta.
Principalmente do sexo masculino.
Ninguém me dispensa. Isso é inadmissível. Acontece, sim, acontece, mas me perturba profundamente. Fico abalada. Tanto que até hoje não estou cem por cento.
Mas que se foda. É para esquecer essas e outras coisas que existem ótimas noites de sábado com amigas, sambinhas, álcool e desconhecidos - agora já conhecidos.
: )
Nenhum comentário:
Postar um comentário