Dona Aparecida
Sempre fui meio contraditória: ao mesmo tempo em que me afogava na timidez sonhava secretamente em me destacar no meio de todo mundo. É, esquisito, eu sei, porque tudo que quero no mundo é não chamar atenção de cara, passar no meio das pessoas quase despercebida, quero me sentir normal, não a internerd-esquisita-freak-de-peitão em que todo mundo repara (para o bem ou para o mal), identidade variável que assumi de 1999 para cá.
Mas enfim, sempre fui meio Dona Aparecida em sonhos. Sabe aqueles sonhos que todos os tímidos têm? Ter uma banda, ser um rockstar, ganhar um Oscar, estrelar uma novela, ter um Arquivo Confidencial, apresentar o Jornal Nacional, mandar um beijo no Programa da Xuxa, essas coisas em que é fácil se destacar. Mas ao mesmo tempo em que penso nisso não quero nada disso (com exceção do Oscar, obviamente).
Toda essa enrolação para dizer que outro dia numa cabine um cara muito simpático que eu não conheço disse que minha voz era ótima e que eu deveria cantar. Disse que eu era desafinada e tímida, e ele "Até agora você só disse coisas fáceis de serem resolvidas". Terapia pra mim!
: P
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