quinta-feira, setembro 18, 2003

:: o dia em que chorei de raiva guardada ::
Eu juro que tento ser uma menina esforçada e consciente das minhas obrigações. Tento dar conta de tudo, até por uma questão de satisfação pessoal. Gosto de me sentir eficiente.
Mas tem dias em que me enrolo com minhas tarefas. Hoje-ontem, por exemplo. Quando preciso de ajuda, peço a pessoas que sei que fazem o que eu precisar sem problema algum, e talvez ainda fiquem bem (ou, pelo menos, não se incomodem) em me ajudar.
Hoje, tive que pedir ajuda a uma pessoa a quem normalmente não peço. NUNCA peço ajuda, e quando peço, a pessoa em questão age como se estivesse fazendo um MEGA favor, como se eu devesse muito por uma ajudinha que qualquer outra pessoa daria sem maiores problemas. Odeio gente que valoriza demais para fazer alguma coisa que não custa nada a ela fazer.
Isso me deixou tão descompensada, com tanta raiva, que cheguei em casa e desatei a chorar na cama, que como diz mamãe, é lugar quente. A impossibilidade (ou pior, minha incapacidade) de protestar contra esse tipo de atitude de uma forma que pareça séria e não uma brincadeirinha ou reclamação para fazer charminho me dá tanta raiva que não consigo me conter.
O mais engraçado é que quando é a tal pessoa que precisa de ajuda, eu me desdobro em quatro para poder ajudar.
Assim são as pessoas, assim são as criaturas.

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