Matem-me, eu sou normal
Em tempos modernosos, em que para ser alguém você tem que ser diferente, eu digo: matem-me, eu sou normal.
Veja bem, nada contra a diferença.
Só que, hoje em dia, a diferença acaba sendo semelhança.
E ser normal é ser realmente estranho.
É feio ser normal. É feio ser igual a todas as pessoas que passam na rua.
Não tenho cabelo colorido, não tenho um piercing - ainda. Não tenho roupas estilosas - tá, roupas coloridas eu bem tenho - , não faço tipo. Tá, não faço tipo quando estou sóbria, o que equivale a 80% do tempo (considerando o número de horas contidas em um mês, e considerando que eu passo 80% do tempo no meu *localdetrabalho*/em-casa-na-roça/no-ônibus/na-van).
Matem-me, eu sou normal.
É feio ser normal?
É estranho ter uma vida comum? É estranho ter problemas comuns?
Meu cabelo é comprido e cacheado. Se cortá-lo mais curto parecerei diferente?
E se eu fizer uma tatuagem da Hello Kitty no ombro? E se eu usar um óculos de aro preto? E se eu me tornar adepta de one-night-stands? Será que serei mais cool?
Pois é. Podem me matar. Continuo sendo a pessoa mais normal do mundo. Aquela que num dia usa saia de colegial com sapatinhos-de-Dorothy e no outro usa saia longuete com sandálias de mãe.
Não que eu não queira ser diferente. We all wanna be big big stars, but we got different reasons for that. Mas a diferença está onde eu não vejo, onde ninguém vê. E não no meu cabelo ou nas roupas que eu uso.
Just that. Blah.
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