Eu não sou um produto
Isso é um manifesto contra as pessoas que se vendem. Não no sentido de se venderem ao sistema, ao capitalismo ou a qualquer outra coisa que os radicais dizem que é ruim. Afinal, é dinheiro o que tem de pagar minhas contas.
Eu não me vendo. Não sei me vender como um produto, bem embalado e pronto para consumo. Eu não sou um produto. Eu não sei fazer marketing, eu odeio os livros de auto-ajuda em RHês, administração pessoal e outras tantas bobagens. Eu não sei puxar saco, eu não sei ser o que eu não sou quando eu não quero, eu não preciso nem quero criar e manter uma imagem só para subir na vida.
Posso continuar no nível mais baixo da hierarquia mundial por anos e anos por causa disso - que para muita gente é uma falha grave -, mas pelo menos fico em paz com a minha consciência.
Podem me chamar de escrota por um milhão de motivos: trair namorado (tá, fiz isso uma vez, mas não digo com qual fiz), sacanear meninos, ser interesseira com meninos, ser blasé com meninos. Menos por esse.
Ahn, não aconteceu nada, não briguei no trabalho nem estou desiludida nesta semana. É que eu e Menina O. estávamos conversando sobre isso ontem e deu vontade de registrar. De repente daqui a algum tempo eu posso precisar ler isso de novo. Como um mantra. Para não deixar que ninguém faça com que eu me transforme no que eu não quero.
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